O Banco Central (BC) aparentemente não levou em consideração a recente melhoria do cenário econômico. Indiferente à pressão do setor produtivo e da esfera política, a decisão de manter a taxa de juros em 13,75% foi tomada por unanimidade e acompanhada por um comunicado enfático.
No documento assinado por Roberto Campos Neto e os demais diretores, a direção do Banco Central adota uma perspectiva cautelosa. São apontados riscos provenientes do exterior, da situação das contas públicas e até mesmo a possibilidade de a recente queda da inflação ser temporária. Por essa razão, a instituição não sinaliza uma aproximação na redução da taxa de juros, reafirmando a estratégia adotada nos últimos meses e reiterando o pedido de “paciência e serenidade” feito anteriormente em Maio.
O texto enfatiza que a manutenção da taxa básica de juros em um período prolongado tem se mostrado apropriada para garantir a convergência da inflação e, de fato, manter a taxa de juros em 13,75% tem contribuído para tal.
No entanto, críticos argumentam que o custo dessa melhora nos índices é o sufocamento da atividade econômica.